quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


Entendam, vocês não querem a mim. Não querem o que eu represento. Não é isso que vocês sempre quiseram. Não sou uma boa pedida. Não é o que vocês pensam ser. Vocês querem o divertido, o novo, o louco, o excitante. Vocês querem a adrenalina. Vocês querem um salto de paraquedas. E eu entendo. Mas entendam, não se joguem sem os equipamentos. É perigoso. Vocês não conhecem no que estão se metendo, nem nunca vão. Quando veem de perto não os agrada. Entendam, vocês não são capazes de lidar com essa utopia. Vocês não conseguem aceitar isso, nem nunca conseguirão respeitar essa ideia. Não suportam por muito tempo. Se continuam, é porque pretendem mudar . Vocês insistem pra provar que são capazes de transformar. Não são. Isso já é próprio disso. É a essência. É como querer tirar o pólen da flor. Não insistam, deixem pra lá, passem pra próxima. Entendam, vocês não querem a mim, vocês querem a mocinha.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012


Eu não presto
Não mais
Não para que alguém se apaixone por mim
E não acho isso ruim.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Cazuza, seu lindo!

Olhinhos apertados, tristes
Por que vocês estão me olhando?
Sorrindo feito japoninha
Não pode ser só de maldade
Brilham discretos pela cidade
Escondidos em casa
Mas eu vejo na loja de doces
Mas eu vejo na praia da Barra
A minha magrela
A pele é tão branca
Que parece vela
E as mãos são grandes
E o sorriso, amarelo
E a boca é vermelha
É a bala mais bela
Olhinhos de bola de gude
Paixão impossível
Eu tenho esperança
Eu fiz o que eu pude
Ah, eu fiz o que eu pude
Olhinhos que esperam
E a gente fica louco
Sem saber por quê
Ah, olhinhos que querem
E a gente adivinha sem muita certeza
A beleza embriaga como vinho
A alma de um broto
A alma de um broto
É um susto terrível
Olhinhos de bola de gude
Paixão impossível
Eu tenho esperança
Eu fiz o que eu pude
Eu fiz o que eu pude

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Enquanto observamos a lua
Junto de uma fogueira, bebemos no copo de plástico um vinho barato
O som do mar funde-se aos acordes do violão
A paisagem torna-se única e suficiente
Ficamos deitamos sob as estrelas com uma trilha sonora delirante
O conforto é estar
A areia molda-se numa cama pra dois
Esquece-se de tudo
Vivencia-se o momento
A noite, as horas, os minutos, cada segundo
Vivenciamos o nós

quinta-feira, 10 de março de 2011

Demasiado tarde

Quando me decido, perco-me. Parece que estou andando no sentido contrário. Como é possível uma repetição tão mesquinha? Talvez devesse ser assim por mais tempo. Não quero. Isso não. Cansei de esperar. Sou impulsiva, explosiva, imediata. Quero, porque quero, quando quero. Agora não. Não assim. Desse jeito desgasta. Só porque demorei não mereço mais? Quem sabe meu organismo demore a processar a informação. Do que desejo. Não posso simplesmente estragar algo que já existe, não sou assim. Parem de pensar que faço por mal. Só aconteceu e decidi não deixar passar. Mas parece que nem relutando dará certo. Que droga, não quero isso. Não assim. Mas e como? Estou perdida em mim mesma. Nada me agrada, nada me é conveniente. Nada me completa. E quando me decido, perco-me.

Ah, não. Assim não. Não agora. Devo estar em outra órbita. Onde não haja esbarrões. Onde não haja chance de espera. Não por mim, não de mim. Nem pra mim. Logo agora. Quando quis, não pude. E queria, quero, quereria. Provável que seja uma piada do destino. O piadista mais sacana. Que me pos em outro sistema solar. Onde, pelo visto, ninguém aceita. Ninguém quer. Nem o que quero. Nem a mim mesma. E, depois, caso queiram. Caso realmente queiram. E corram para conseguir. Conseguir-me. Sem desgastar. Do jeitinho certo para mim. Para ele e nós. Já não quero mais.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Milanos

Somos identicas, somos opostos, somos. Amadureci contigo mais do que com qualquer outra pessoa, por não termos obrigação de nos darmos bem, mas nos obrigarmos a isso. Aprendi contigo a ter paciência, a me silenciar quando necessário, ou quando não, a insistir numa pergunta que quem sabe lhe fará bem responder, mas que nunca adimitirias. Aprendi a ignorar (coisa que é difícil pra mim. Ou era.), a dar o braço a torcer (nesse tema sou phd), a fazer rir, ou pelo menos te fazer rir (isso não é mérito). E além de tudo aprendi que não há necessidade de uma grande piada pra doer o abdomen por tantas risadas. Não lembro de metade das histórias que me fizeram chorar de rir contigo, mas sei que valeram à pena. Já vivemos muita coisa junto: Do estresse do trabalho à mordomia da falsa vida universitária. Das noites de bebedeiras e danças à ressaca física e moral no dia seguinte, seguintes. Sinto-me a mais bela das mulheres e a mais talentosa das artistas com teus elogios. Amo-os!
Pretendo te fazer bem tanto quanto me fazes. Assim como aprendi e sei que vou aprender muito mais contigo, espero ensinar também. E até acho que estou conseguindo. Ou talvez só consegui plantar a sementinha e tu mesma estás aprendendo consigo.
Perco-me ao falar de ti. São tantos anos! Tantos meses, tantos dias, tantas horas, e quantos minutos! Somos como imãs, postos de um jeito se repulsam, mas quando unidos, dificilmente semparam-se. Digo dificilmente, pois já tivemos nossa época repulsiva. Foi apenas uma fase. (Deve-se enfatizar o uso do verbo "ser" da frase anterior no pretérito perfeito.) Pois que fique no pretérito! E usemos o futuro para união de muitas mais histórias e estórias. É difícil te descrever sem parecer homossexual. Tanto faz. Amo-te. Amo-nos. E fodam-se as aparências.

Tu és incomparável. És linda. És tu. (L)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Surdina

Pela calada, sem barulho. Como sempre foi feito. Um toque, um sentido, uma carícia, um arrepio, um suspiro, um desejo, um beijo, dois beijos, três, quatro, cinco. Infinitos. Infinitas mãos. Infinitos pêlos. Cabelos. Perdem-se, caem, entram. Puxa. Pra perto. Mais. E mais. Pescoço, lábios, próximos. Sentido, gemido. Prazer. Eu, tu, ele, eles. Nós! Grudados, molhados, inundados. Chega! Estou exausta! Pois que seja pela ação..